Qual é o sentido da vida, afinal? Este é um artigo sobre a felicidade, o sentido da vida e como encontrá-la. Quantas vezes você já ouviu os pais dizerem: “Só quero que meus filhos sejam felizes”? Incontáveis, certo? E quantas vezes você já ouviu esses mesmos pais dizerem: “Só quero que meus filhos encontrem o sentido da vida”? Nenhum, certo?

Sim, é claro, muitas vezes felicidade e significado se sobrepõem: quando sentimos que nossa vida tem um sentido e uma direção muito específicos, nos sentimos bem. No entanto, numerosos homens e mulheres ao longo da história desistiram voluntariamente de uma vida fácil e feliz em nome de um propósito maior.

Em suma, a relação entre felicidade e significado nem sempre é linear. Com efeito, por vezes continuamos a procurar um sentido para a nossa vida, mesmo que não tenhamos a certeza de encontrá-lo.

E por que?  Por que a sociedade quase nos obriga a ser felizes, numa espécie de “ditadura da felicidade”, mesmo que o que realmente ansiamos seja encontrar sentido em nossos corações? Leia conosco e entenda melhor sobre qual é o sentido da vida, vamos lá!

Por que precisamos encontrar o sentido da vida?

Qual é o sentido da vida? Em uma pesquisa recente, quatro psicólogos sociais, tentaram responder a essa pergunta antiga explorando a relação entre felicidade e sentido da vida. O que eles encontraram é extremamente interessante.

A pesquisa foi realizada com 400 voluntários, com idades entre 18 e 78 anos, aos quais foram feitas uma série de perguntas para entender o quão feliz e significativo eles percebiam sua vida.

Os pesquisadores não forneceram nenhuma definição do significado da vida ou da felicidade, para que as pessoas pudessem responder com base em suas próprias crenças e percepções pessoais.

Dessa forma, os psicólogos e seus colegas conseguiram identificar com precisão quais elementos os voluntários instintivamente conectaram a uma vida significativa e/ou feliz. Os resultados iniciais da análise, como esperado, mostraram uma estreita correlação entre ser feliz e ter encontrado o sentido da vida.

Mas cavando um pouco mais fundo, os estudiosos descobriram que existem pelo menos 5 áreas em que ser feliz não necessariamente enriquece nossa vida com significado.

5 áreas em que ser feliz não contribui para o sentido da vida: qual é o sentido da vida?

1. Desejos e dificuldades

Finalmente poder comprar aquele PC que você queria há tanto tempo, satisfazer seu desejo repentino por sorvete de baunilha, assistir ao novo episódio de sua série favorita da Netflix, fazer yoga (se é algo que você gosta): todas essas são ações que fazem você se sentir bem imediatamente, elas fazem você feliz, mas eles não podem dizer com certeza que dão sentido real à sua vida, certo?

O mesmo vale para a saúde: quando nos sentimos em forma e não temos doenças, estamos felizes, mas não necessariamente satisfeitos.

Ao mesmo tempo, há pessoas que encontraram um sentido mais profundo em suas vidas, apesar ou mesmo graças à doença: por exemplo, você gostaria de dizer que a vida do físico inglês Stephen Hawking talvez não tenha sido cheia de sentido?

Em suma, tendemos a ser felizes quando conseguimos o que queremos e nossa vida é fácil, ladeira abaixo, sem problemas, mas para encontrar sentido muitas vezes precisamos enfrentar dificuldades.

2. Tempo

Sentido e felicidade têm uma relação muito diferente com o tempo. O tempo da felicidade é o presente, somos felizes quando mergulhamos no aqui e agora. O sentido, ao contrário, só pode ser encontrado no futuro, ou melhor, no fino fio que liga passado, presente e futuro.

Quanto mais refletimos sobre nosso passado e projetamos nosso futuro, mais nossas vidas adquirem significado. Vivemos uma vida significativa, de fato, justamente quando conseguimos manter o passado, o presente e o futuro juntos em uma história coerente. Mas as diferenças entre felicidade e significado não param por aí.

3. Relacionamentos

As relações humanas são fundamentais tanto para a nossa felicidade como para dar sentido à nossa vida. Não é por acaso que a solidão nos torna infeliz e priva nossa existência de sentido, como também não é por acaso que, segundo estudos, o Brasil é o 2º país no mundo que mais usa apps de relacionamento.

No entanto, é a natureza e a profundidade dessas relações que impactam de forma diferente nas duas variáveis que estamos investigando. Em particular:

  • (Natureza) Fazer o bem aos outros dá sentido à nossa vida, ao passo que recebê-lo nos faz sentir felizes;
  • (Profundidade) Sair com os amigos para tomar uma cerveja certamente contribui para nossa felicidade, mas não necessariamente enriquece nossa vida. Por outro lado, passar tempo com as pessoas que amamos enche nossos dias de significado, mesmo que às vezes esses relacionamentos mais profundos envolvam discussões, confrontos e ter que lidar com emoções difíceis.

4. Estresse e crise

Segundo a OMS, ao menos 90% da população mundial sofre com o estresse. Dentre as várias questões da pesquisa mencionada anteriormente, os psicólogos perguntaram aos entrevistados quantos eventos agradáveis e quantos eventos estressantes eles enfrentaram no último ano.

Aqueles que vivenciaram situações positivas se sentiram felizes em média e sentiram que sua vida estava indo na direção certa. Nada estranho até agora. No entanto, os estudiosos encontraram as pontuações mais altas sobre qual é o sentido da vida naqueles voluntários que relataram ter lidado com vários eventos particularmente estressantes.

Isso certamente não significa que, para dar sentido à nossa vida, tenhamos que procurar novos problemas todos os dias. O ponto é outro. Aqueles que alegaram ter vivenciado eventos estressantes o fizeram em seu caminho para metas ambiciosas.

Quando tentamos realizar algo importante em nossa vida, inevitavelmente nos encontramos enfrentando altos e baixos, momentos de satisfação e momentos de profundo desespero, honras e fardos.

E para você, qual é o sentido da vida? Deixe seu comentário abaixo com sua opinião pessoal. Caso tenha dúvidas sobre o assunto, também deixe seu comentário e até a próxima!

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